"O SENHOR PRECISA CONHECER JESUS, QUANDO CONHECER JESUS A SUA VIDA MUDARÁ!"
Os anos se passaram, eu fui transferido da Engenharia para a Artilharia de Campanha, e depois para a Artilharia Antiaérea e acabei transferido para Taubaté e como tinha conhecimentos de construção e demolição fui designado para ser chefe da Turma de Obras na transformação da fazenda em quartel. Construi a estação de rádio, ajudei na construção do prédio da enfermaria, na construção do corpo da guarda, mas o que parecia progresso na verdade eu estava cada dia mais indo de mal a pior, espiritualmente, financeiramente etc, etc, etc...
Minha vida consistia em derrotas e mais derrotas.
Certa noite estava no alojamento, deitado em minha cama, pensando numa maneira de por fim àquela vida de lutas e derrotas, mataria minha família e me mataria e tudo ficaria bem. Os credores que vendessem minha casa e dividissem os dinheiro entre eles, o problema não seria mais meu.
Amanhã farei isso: "irei para casa, levarei carne, farei um guizado com batatas e colocarei veneno, morreremos todos juntos"
Estava pensando, quando o corneteiro fez soar o "toque do silêncio", pensei comigo que depois de amanhã aquele toque seria dado no cemitério quando o meu caixão descesse à sepultura.
Mas o silêncio foi quebrado pelo cântico de um soldado. Ele estava lavando as panelas e bandejas e cantando: "Porque Ele vive, posso crer no amanhã. Porque Ele vive temor não há..."
Irado levantei-me e fui ter com ele intimando a fechar a boca, chingando-o, quando ele me perguntou se poderia me dizer uma coisa. Disse a ele que sim desde que não abrisse mais a boca.
Foi quando ele me disse:
"O Senhor precisa conhecer Jesus, quando conhecer Jesus a tua vida mudará!"
Questionei com ele que eu conhecia Jesus, era filho da Virgem Maria e de São José, e que eu o tinha no meu ármario, mas ele me pediu desculpas e disse: "O Senhor só conhece a história de Jesus, quando o senhor conhecer Jesus a tua vida mudará"
Hoje eu compreendo porque foi que no dia seguinte eu não matei a minha família. Deus estava trabalhando na minha vida e eu não o sabia.
Os anos tornaram a passar, não matei a família, continuava endividado e para complicar mais a mulher ficou gravida e enfêrma e os pré-datados no mês de setembro já eram para o pagamento de dezembro. Ninguém me vendia mais nada fiado. E fui novamente mandado para mais longe de casa, morando em Pindamonhangaba, prestava serviço no 6º RI em Caçapava-SP, passava dias sem ir pra casa, e isso num ponto era bom pra mim pois não via as dificuldades da minha esposa em dar de comer para nossos filhos. O leiteiro com dó dela sempre lhe dava um pouco mais de leite. Os meus pais davam de comer para os netos.
Chegamos ao mês de outubro, era meu aniversário. Ninguem me deu os parabéns, pelas dificuldades financeiras nem a minha esposa. Não tive dúvidas, hoje eu me mato.
Tomei um banho, coloquei a farda de passeio, e sai do quartel com uma única finalidade: me matar.
Era domingo a tarde, comecei a ouvir musicas evangélicas num alto falante atráz da fábrica de chocolate, e caminhei para lá. Vou me matar dentro da igreja dos crentes, vai ser um reboliço hoje na igreja.
Quando lá cheguei a igreja estava fechada, e tudo desligado e fiquei ali parado como se tivesse vendo fantasma, como sai som dum autofalante desligado?
Não sei quanto tempo fiquei ali, mas não foi pouco. Começaram a chegar os fiéis e três homens se alegraram em me ver ali e me levaram para dentro. Um deles cabelos brancos se ajoelhou e começou a rezar a reza dos crentes e chorar. Não suportei ver aquele velho chorando e passei a maltratá-lo com palavras que não me atrevo a escrever aqui.
Um outro homem veio e chamou o "velho" para se assentar num lugar mais confortável, quando então uma moça se aproximou de mim e disse da alegria dela, dos irmãos e de Jesus eu estar ali, perguntou meu nome e se eu era crente. Disse a ela meia verdade, sim sou crente da Metodista. Ela anotou e me disse que ficasse à vontade na casa do Pai e que era maravilhoso ter com eles um general e um cabo.
Fiquei curioso em saber quem era o general, ela me apontou o "velho", meu sangue gelou naquele momento.
Sai para me matar, até aquele momento não o tinha feito e agora havia ofendido um "General"
Que seria de mim?
Que seria de mim?
Mas afinal quem é esse Jesus, que um soldado canta e um general chora?
"QUEM É ESSE JESUS, QUE UM SOLDADO CANTA E UM GENERAL CHORA?"
Tremendo o testemunho,irmão.
ResponderExcluirJesus é glorificado na vida do irmão. Deus continue te abençoando.