22 novembro 2020

O militar e o mendigo.

 Numa manhã fria de inverno, um militar desceu do ônibus na rodoviária Velha de Taubaté, olhou para um lado, para o outro e pensou em tomar um café antes de embarcar em outro ônibus com destino ao quartel onde servia.

Já tendo sido servido pelo atendente de balcão, saboreando o cafezinho quentinho, olhou para a Velha estação de trem desativada e se lembrou de que, quando criança ali desembarcou e embarcou várias vezes e em seus pensamentos passavam as imagens do trem e dos passageiros.

Nisso seus olhos vêem uma cena que o deixam perplexo. Um jovem remexendo no lixão da praça em busca de restos de comida.

Ele deixa a xícara de café e diz ao atendente: Já volto! E sai em direção à praça.

O jovem que rasgava uma sacolinha plástica para pegar uma coxinha percebe que está sendo observado, levanta os olhos e diz: "Bênçao pai!" A resposta foi: "Deus te abençoe! A mesa continua farta lá em casa, graças a Deus" "Volta pra casa!"

"Tenho vergonha de voltar pai!"

"Venha tomar café comigo!"

Voltando ao bar, pediu que servissem ao jovem um café reforçado, mas o atendente se recusou a servir porque era um mendigo fedido, e o militar então com voz autoritária lhe falou: "Sirva o meu filho, porque ele está com fome e eu vou pagar!"

O atendente ficou assustado, olhou prá um depois pro outro e acabou servindo.

Enquanto o filho comia o pai lhe aconselhou volta pra casa, saia dessa vida.

Depois cada um seguiu o seu destino, um para o trabalho o outro a para a rua.

Meses depois, viajando pelo interior de Minas Gerais o militar recebeu uma ligação de sua filha mais velha dizendo: "O Leandro voltou, está muito fedido, o que faço?"

"Dê a ele roupas novas e uma toalha e manda que tome um bom banho, alimenta-o e que ocupe o quarto e a cama que era dele"

Passados uns dias, retornando de Minas Gerais, houve o reencontro dos dois, se abraçaram e choraram, mas o destino novamente os separa após alguns meses.

Leandro assim se chama o rapaz, resolveu ir embora novamente, procurar dar um rumo à sua vida e desaparece.

O pai adotivo, isso mesmo que você leu, A D O T I V O, nunca esqueceu de orar e pedir a Deus que salvasse o Leandro.

Um dia chega um convite para o militar ir ministrar a Palavra em uma Assembleia de Deus, e o militar foi.

Quando chegou na igreja, teve uma grande e grata surpresa, o dirigente daquele culto não era outro senão o Leandro, seu filho adotivo fujão.

Foi um culto maravilhoso, e mais uma vez Deus mostrou o seu grande amor pelas almas e o seu Poder.